Frequentar as mais importantes universidades do país foi uma grande oportunidade e eu me sentia parte de algo maior. Procurei corresponder levando o curso muito à sério e me matriculando no maior número possível de eventos, como simpósios, congressos e palestras e pesquisando nas bibliotecas o que estava sendo pensado no mundo sobre a ciência da nutrição. Eu tinha muita fome de saber!

Porém alguma coisa me incomodava. Eu sentia que na faculdade olhava-se muito mais para recomendações e para alimentos do que para pessoas. Não, isso não fazia sentido para mim. Determinar se a pessoa iria comer chuchu ou abobrinha, na minha opinião, tirava dela toda autonomia e liberdade para fazer as próprias escolhas.

Ao começar a trabalhar, percebi que o comer ditado por regras e métodos impessoais distanciava a pessoa do próprio corpo. Cheguei à conclusão de que não adianta fazer uma orientação “cientificamente correta” se as pessoas não conseguem seguir. Então, muito rapidamente, meu foco se voltou para pessoas, traduzindo a ciência de forma que ela fizesse sentido na vida real de cada um.

Complementei minha formação com outras abordagens e, com esses novos “temperos”, desenvolvi a Nutrição Amorosa®, que propõe um olhar mais gentil para a comida, para os processos do corpo e para o que nos alimenta. Afinal, como diz a música, a gente não quer só comida!